Superação e transformação: a jornada de Inglidy Santos - de relacionamentos abusivos à redescoberta pessoal

Após viver anos marcados por traumas emocionais e relacionamentos abusivos, Inglidy Santos encontrou na atividade física o caminho para a cura e o propósito. Sua trajetória de superação – que envolve depressão, mudança de cidade e redescoberta da autoestima – inspira mulheres que buscam recomeçar.

Aos 31 anos, Inglidy Millena Rosendo dos Santos carrega uma história de dor, resiliência e reconstrução. Natural de Mamanguape, no interior da Paraíba, mas criada em Bragança Paulista (SP), ela enfrentou desde cedo os sintomas de depressão e ansiedade - apenas compreendidos mais tarde em sua vida.

Dois relacionamentos frustrados — um de oito anos e outro de apenas um — foram decisivos na intensificação de seus traumas emocionais. “O último trouxe um desgaste muito forte. Só percebi o quanto estava mal depois de muito tempo”, conta Inglidy.

Visando melhor sua saúde física e mental, Inglidy eliminou hábitos não saudáveis, melhorou sua alimentação e começou a praticar exercícios

Após o término dessa última relação, ela decidiu transformar sua realidade. Iniciou uma nova rotina, entrou para a academia e começou a cuidar do corpo e da mente. O apoio profissional que recebeu na X-Prime, onde treinava, resultou na perda de 15 quilos — de 100 para 85 kg — e despertou nela um novo interesse: a educação física. “Ali eu entendi que o tratamento era não só físico, mas também emocional.”

No entanto, a trajetória de superação não foi linear. Inglidy retornou ao relacionamento anterior, o que a levou ao que descreve como “o fundo do poço”. Determinada a recomeçar, tomou uma atitude radical: mudou-se para João Pessoa e foi morar com os tios. “Foi um período de aprendizado e maturidade. Me entreguei à atividade física de vez.”

Em João Pessoa, Inglidy ingressou na faculdade de Educação Física e compreendeu que sua dor poderia ser transformada em propósito. “Percebi que podia ajudar outras pessoas em seus processos de emagrecimento, traumas e dificuldades emocionais. A academia não é só corpo — é mental também.”

Após um ano na Paraíba, Inglidy retornou a Bragança Paulista mais forte e determinada. Foi contratada para um estágio na academia Sky Fit, onde hoje divide seu tempo com o trabalho como auxiliar de tecelagem na empresa Neve. “Concilio o estágio com meu emprego e continuo treinando e mantendo minha dieta com disciplina.”

Descobriu uma nova paixão: a Educação Física

O reconhecimento pelo seu trabalho na academia veio rapidamente. Alunos e profissionais elogiam sua dedicação e sensibilidade. “Hoje vejo que Deus me honrou. Foi Ele quem me tirou do fundo do poço, devolveu minha fé e me deu forças para recomeçar.”

A história de Ingrid é um retrato de coragem, fé e transformação. Uma prova de que, mesmo após momentos de queda, é possível se reerguer — mais forte, mais consciente e pronta para ajudar outros a fazerem o mesmo.

Hoje ela ajuda outras mulheres a aumentarem a autoestima