“IF Meninas nas Exatas”, no Campus de Bragança Paulista, visa promover a participação de mulheres nesta área

Promover a inserção e a permanência de meninas e mulheres na área das Exatas. Foi com este objetivo que a professora de Informática Elisandra Aparecida Alves da Silva desenvolveu o “IF Meninas nas Exatas”, no campus do Instituto Federal de Bragança Paulista. Já são mais de 7 anos atuando com diversas atividades que visam diminuir a grande diferença na quantidade de participação de mulheres e homens nesta área.

Elisandra Silva desenvolveu o “IF Meninas nas Exatas” no campus de Bragança Paulista

“Eu tive a ideia de criar IF Meninas nas Exatas, em 2018, após participar de um evento que faz parte do Congresso da Sociedade Brasileira de Computação e onde vi um movimento nesse sentido de promover atividades e ações que motivassem as meninas a ingressar na área e também as mulheres a permanecerem e talvez até migrar de área. E era justamente esta dificuldade que tínhamos no campus”, relatou Elisandra.  

A professora Talita Cypriano também é um das coordenadoras do projeto

O projeto começou na área da Computação por Elisandra ser professora da de Informática, mas logo passou a englobar todos os cursos do campus. Hoje, também é coordenado pela professora Talita de Paula Cypriano de Souza.

“No campus de Bragança Paulista, todos os cursos são de Exatas, como: técnico em mecatrônica; cursos técnicos integrados em informática; mecânica; eletroeletrônica; licenciatura em matemática, tecnologia e análise e desenvolvimento de sistemas; engenharia de controle e automação; e pós-graduação em gestão estratégica de tecnologia da informação. Em todos esses cursos, a participação de mulheres é menor, principalmente de mulheres pretas. Mas isto não ocorre apenas no campus Bragança Paulista, mas no Instituto Federal como um todo no estado de São Paulo”, destacou Elisandra.

 Diante destas constatações, o IF Meninas nas Exatas começou a trabalhar a autoestima das participantes, a propagar informações para as mulheres sobre os cursos e as áreas de atuação e a quebrar a ideia de ser uma área para somente para homens. Entre as ações do projeto estão: mentorias para as meninas do campus para apoiar a participação delas em competições de tecnologia e inovação.; oficinas sobre assuntos técnicos também sobre a questão das mulheres; rodas de conversa para discutir temas variados sobre as mulheres em todos os contextos e também na área de tecnologia; palestras; desenvolve cursos para as crianças, onde as alunas do IF ensinam tecnologia. “Algumas ações são específicas para as meninas, como as mentorias, mas tem outras que todas as pessoas podem participar, porque entendemos que para mudarmos essa situação, todas as pessoas têm que compreender os motivos”, destacou Elisandra.

A professora também contou sobre o livro criado por duas ex-alunas do IF, Ana Programa, “É para as meninas saberem que elas também podem também desenvolver coisas usando a tecnologia”.

Durante estes anos, diversas meninas e mulheres já participaram do programa. “Com o tempo, fomos ampliando nossas ações e hoje tem vários projetos dessa natureza no Instituto Federal do Estado de São Paulo”, relatou Elisandra.