Autoconhecimento para sua empresa
- Rafaela Maciel
- 2 de jun. de 2024
- 6 min de leitura
Por Layara Bueno

Sempre que ouvimos a palavra autoconhecimento já remete a nós, a mudar coisas imediatamente gera desconforto não é mesmo?
No artigo de hoje, vou mostrar a você, que não usar o autoconhecimento na sua empresa faz você deixar dinheiro na mesa.
O conceito do autoconhecimento consiste em conhecer a si mesmo, englobando as características cognitivas como pensamentos,crenças, valores, objetivos e sonhos.
O emocional que refere-se aos sentimentos gerados a partir de sentimentos, alegria, tristeza, frustração etc…
O comportamento que refere a reação do indivíduo com base no pensamento que gera o sentimento é respectivamente gera o comportamento!
Analisando o parágrafo acima, convido você a visualizar mentalmente a história da empreendedora Júlia (nome fictício) Olívia,tem 38 anos, é mãe, dona de casa, esposa, empreendedora e mulher, dedicada, sempre dá o seu melhor em tudo, mas sempre se cobra e sente que não fez o suficiente, sente sempre em débito em algo, um dia porque não conseguiu terminar a organização da casa, no outro porque perdeu a paciência com o filho, no outro porque o marido cobrou atenção, no outro porque ela precisa vender e o mês está passando, e ninguém parecia entender ela e como as coisas deveriam acontecer na empresa, por vezes ela se sobrecarregava, para garantir que tudo ia sair perfeito, como ela gostava que fosse ela vive nesse looping.
Olívia, veio de família de classe média, foi direcionada desde cedo a ter responsabilidades com tarefas em casa e irmãos mais novos. Começou a trabalhar cedo, se esforçou, se dedicou para fazer a tão sonhada faculdade de moda, não foi fácil, mesmo sendo seu grande sonho, ela sempre ouviu de pessoas próximas que moda não dava dinheiro, que ela deveria ter feito outra faculdade, algo que fosse mantê la financeiramente,ela não desistiu foi até o fim, mas essas “vozes” sempre a afetaram muito e ela se cobrava em ser boa em tudo. Ela se formou e como ela iria se casar com por medo (vozes) de não conseguir arcar com as despesas,agarrou o primeiro emprego que surgiu em um escritório.
Olívia era muito observadora, inteligente, educada, ela gostava das pessoas do trabalho e as pessoas dela, tinha uma certa timidez, mas nada que atrapalhasse, tinha um perfeccionismo grande, tinha uma visão ampla, via as coisas lá na frente, mas ela era explosiva e vez ou outra o lado explosivo aparecia e como um fogo parecia consumir todos à sua volta. Ela foi se acostumando com o trabalho e nesse escritório ela fincou raízes, ficou lá por anos, ganhava o suficiente para ela e o esposo viverem sem aperto, mas também sem muito conforto, tiveram seus 2 filhos, após o nascimento do seu segundo filho, a moda começou a ecoar novamente em seu coração e após muita reflexão (as vozes ainda estavam ali, elas só tinham silenciado) ela decidiu abrir uma loja de roupas.
Ela decidiu se jogar, fez um acordo com o escritório e investiu tudo que recebeu da rescisão e FGTS, ela montou a loja dos sonhos para ela. Ela apostou tudo, queria um atendimento e peças de qualidade, ela montou um instagram e começou a compartilhar com familiares e amigos.
Ela não tinha experiência em atendimento com clientes, liderança, vendas, mas ela entendia de moda e era isso que ela precisava, ela iria contribuir muito com as clientes. estava tão empolgada e animada, que contava a novidade com todo entusiasmo.
Ela percebeu que quando contava a novidade algumas pessoas próximas, diziam “Olívia, que coragem, deixar seu emprego de tantos anos?” “Amiga que legal, vou comprar só com você agora” “Você não gastou todo seu dinheiro não né?Porque vai saber e não dá certo e você perde tudo?”
Ela não deu importância para essa falas, mas outras vozes estavam se juntando as que já existiam, mas ela seguiu no dia da inauguração, ela estava linda, animada, feliz, início da manhã de um sábado de outono, céu azul, uma briza leve e fresca, tinha mimos para os convidados, docinhos personalizados, balões, e champanhe para o brinde, foram várias pessoas, porém não foram todas as pessoas que confirmaram presença até algumas bem próximas. Mas a inauguração foi um sucesso que ela nem se importou.
Segunda-feira pós inauguração iniciou a nova rotina como empreendedora, era tudo tão empolgante, ela chegava em casa tão feliz. Três meses se passaram, a loja estava indo muito bem, ela contratou a primeira colaboradora.
Ela contratou por indicação de uma amiga, disseram que a menina era muito boazinha e podia confiar, antes da colaboradora ela fazia tudo, atendimento, comprar, pagamentos, envio, ela já tinha atendido pelo menos umas 30 clientes com perfil emocional, que deixava ela irritada e sem paciência, mas como ela não conhecia sobre atendimentos para perfil de clientes, ela tentava manter a calma para não brigar com a cliente já que “ela precisa do cliente e ele sempre tem razão”
A nova colaboradora iniciou na loja, mas a Olívia tinha dificuldade em passar tarefas para a colaboradora com medo dela não fazer bem feito como ela fazia.
A colaboradora era mesmo muito “boazinha” e ela não ia até o cliente, ela ficava mais na dela esperando o cliente pedir ajuda, isso tirava a Olívia do sério, ela mesma ia e fazia o atendimento com sorriso no rosto, mas bufando de nervoso, pela colaboradora não estar fazendo direito o trabalho. Com a entrada dessa colaboradora o Ticket médio de venda caiu, ela não entendia o porquê já que contratou por indicação e a colaboradora já tinha trabalhado em loja de roupas antes, com isso Olívia começou a ficar mais muito stressada, porque ela precisava das vendas para cobrir as despesas fixas da loja e as parcelas do investimento feito.
Para piorar, Olívia tinha se acostumado às clientes a comprar na ficha, ela pensava que se não fizesse dessa forma não iria vender, porém com 3 mês de empresa ela já tinha um número razoável de inadimplentes, ela cobrava as clientes, mas nem sempre de uma maneira cordial, ela ficava nervosa. E como Olívia tinha insistido todo dinheiro que tinha na empresa, ela ia pegando dinheiro do caixa para pagar suas despesas pessoais, isso a deixava ainda mais preocupada.
Vezes e vezes, Olívia pensava em desistir, pensando que ela não iria conseguir ter sucesso.
Ela sabia que o início de sua empresa teria desafios mas ela não estava sabendo administrar todos eles e isso estava impactando também no convívio com sua família.
Ela não entendia, ela tinha realizado o sonho dela em colocar todo seu conhecimento em moda na prática, mas tinha alguma coisa que estava barrando o crescimento da sua empresa.
Foi aí que ela ouviu sobre autoconhecimento para negócios e como ela sempre foi dedicada, se interessou pelo assunto e começou uma mentoria.
A mentoria foi um marco na vida da Olívia, ela não tinha consciência de que existiam perfis de clientes e que conhecê-los faria que o atendimento da sua loja fosse assertivo, personalizado.
Ela também entendeu que para contratar um colaborador é primordial ter de forma clara quais atividades essa colaboradora vai ocupar e de que ela precisa ser treinada para o atendimento de acordo com os valores e intenções da empresa.
Ela identificou que todo sofrimento que ela tinha para receber das clientes inadimplentes era devido ela não ter autoconfiança para impor as regras de pagamento da empresa porque ela pensava que precisava vender e se não fosse dessa forma ela não venderia ela sentia um medo enorme da sua loja não prosperar por pensar que.
A sua falta de paciência e até tolerância se dava porque o seu temperamento colérico que ainda não tinha passado por lapidações.
Ela passou a utilizar ferramentas para auxiliar no seu autocontrole, sua tolerância com outras pessoas.
Ela entendeu que ela era a líder da loja e cabia a ela treinar suas colaboradoras,mas também compreender onde cada uma delas teria um melhor rendimento dentro das funções de responsabilidade.
Ela ficou muito impactada com tudo que aprendeu no período da mentoria porque ela não imaginava que o autoconhecimento não era apenas para mudar a si mesma, mas para mudar a realidade de uma empresa, para gerar mais resultados financeiros para a empresa.
Ela foi mudando a sua mentalidade e começou a desenvolver, ampliar sua inteligência emocional, passou a buscar profissionais que pudessem auxiliar.
Ela criou um procedimento padrão de atendimento da empresa, ela entendeu que precisava treinar a colaboradora, mesmo ela já tendo trabalhado em outras lojas.
Olívia pode saber que as vozes do passado que ainda falavam na sua mente eram seus sabotadores, que surgiram devido ao que era direcionado a ela na casa dos pais em ações e palavras.
E por ter tido uma criação mais rígida com muita cobrança, foi gerado nela uma busca pela perfeição, e como ela não se sentia boa o suficiente, sua autoestima não foi desenvolvida por isso ela não confiava em si e não confiava que daria certo e inconsciente ficava tentando provar que ela estava sempre “fazendo coisas” e que ela fazia melhor, mas se sobrecarrega por acreditar que ninguém faria melhor que ela.
Mas a Olívia entendeu tudo que precisava ser lapidado na sua empresa e em si para que assim seus resultados aparecessem.
Aplicando tudo que aprendeu na mentoria quando ela completou 6 meses com a loja aberta o cenário já era outro, novas clientes chegando, clientes fidelizadas, um atendimento assertivo que encantava suas clientes.
Olívia descobriu que o autoconhecimento para o negócio era primordial e o quanto ele fez para a sua loja e para si mesma.
Você se identificou com a Olívia em quais pontos?
Existem muitas e muitas Olívia espalhadas pelo mundo.
Olivias que também querem avançar, mas não entendem o que está impedindo!
Se você é uma delas o caminho do autoconhecimento para o seu negócio espera por você!




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