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ABCC - 21 anos ressignificando vidas

“Ressignificando vidas. O florescer da esperança”. Este é o tema de mais um projeto desenvolvido pela Associação de Combate ao Câncer (ABCC) de Bragança Paulista e que será lançado nesta sexta-feira, 18, durante um coquetel no Espaço Sanso. Trata-se de um calendário que conta com a participação especial de pacientes assistidos pela Associação, que completa mais de 21 anos de existência, com mais de 1500 pacientes de Bragança Paulista e região, ao longo de sua história.


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Rita Valle e Cristina Valle na Fundação da ABCC (foto: arquivo pessoal)

Ressignificar vidas faz parte da ABCC desde o seu início, em 2003, quando as irmãs Rita Valle e Cristina Valle fundaram a associação, durante a jornada de luta contra o câncer de próstata de Antônio de Pádua, marido de Rita. Nesta época, as irmãs vivenciaram as dificuldades, as limitações e as necessidades pelas quais passavam muitos pacientes com câncer de Bragança Paulista e viram na criação da ABCC um instrumento de apoio tanto para os pacientes, quanto para seus familiares.


“Uma mesa e um armário postos no canto de uma fábrica têxtil; a ajuda de voluntários; e muita vontade de fazer dar certo. Foi assim que começamos a associação. Nossa primeira ação para conseguir arrecadar verba foi um super bazar que fizemos com peças doadas por amigos e familiares. O bazar acabou sendo permanente e fomos desenvolvendo outras ações para arrecadar fundos, além da ajuda de doações. Com o passar do tempo a ABCC foi se desenvolvendo e cada vez mais atuando em prol dos pacientes com câncer. Em outubro de 2013, inauguramos a atual sede da Associação, após a doação do terreno pelo município”, contou Rita, gestora da ABCC.  


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Fundação oficial foi no dia 24/04/2003 (foto: arquivo pessoal)

O prédio da ABCC está localizado na Rua Dom Aguirre e conta com os serviços de diversos profissionais como: fisioterapeuta, nutricionista, assistente social e psicóloga oncologista. Como voluntários: médica homeopata, mastologista e terapeuta integrativo. No piso superior está localizada a oficina de perucas onde são fabricados diversos modelos que estarão à disposição das pacientes. No piso inferior há o bazar e a boutique, ambos com produtos que foram doados e que passaram por rigorosa seleção. “Um projeto de relevância é o Nutrindo Vidas na Oncologia, é uma cozinha experimental onde a nutricionista ensina os pacientes sobre alimentação saudável com produtos básicos”, destacou Rita.


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Atual sede da ABCC
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Grupo de voluntárias que exercem diversas atividades junto ao pacientes (foto: arquivo pessoal)

Todos pacientes são assistidos de forma gratuita. “A ABCC não atende apenas mulheres. Prestamos auxílio para pessoas adultas, de ambos os sexos, vindas dos 11 municípios que englobam a região bragantina, com prioridade para pessoas de baixa renda”. Com isto, Rita destacou a importância das doações e ajudas vindas de diversos setores da sociedade. “Juntos podemos continuar ajudando cada vez mais pessoas a superarem estes momentos difíceis em suas vidas”.


Foi o que aconteceu com Érika Félix Aquino. Aos 40 anos de idade, durante a gestação de seus filho Francisco ela percebeu algo diferente na mama esquerda.


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u venci todas as batalhas pelo meu filho e tenho gratidão por tudo que Deus fez por mim e por todas as pessoas que estiveram ao lado, incluindo também todos que fazem parte da ABCC”, Erika Aquino

“Rapidamente pedi ao médico do Posto de Saúde, que acompanhava meu pré-natal, um exame para descobrir o que estava acontecendo. Como minha gravidez já era de alto risco por causa da minha pressão alta, fui encaminhada para prosseguir com o pré-natal no hospital. Com 8 meses de gestação, o ultrassom detectou um nódulo. Os médicos decidiram esperar o nascimento do bebê para que em seguida eu fosse encaminhada para o melhor tratamento.


O grande dia meu milagre da vida chegou no dia 29 de abril de 2022, com o nome de Francisco Anthony. Graças ao meu bom Deus, os médicos falaram que eu podia amamentar. Consegui por um mês e 15 dias.

Nesse período percebi que meu braço esquerdo já não abaixava direito pelo fato de o nódulo estar cada vez maior. Com a ajuda da minha patroa, dona Cristiane, me consultei com um médico mastologista e, após o exame, veio o resultado: positivo para câncer.


A minha primeira batalha foi ter que parar de amamentar. Meu filho era tão pequeno e ter que desmamar tão cedo foi muito triste.  Receber um resultado deste é muito forte, o mundo desaba. Minha comadre Aline, sempre do meu lado, me ajudando em tudo, me auxiliou nesta fase e meu filho rapidamente aceitou a mamadeira.


Comecei o tratamento. Nesta época que começou a cair meu cabelo, minha madrinha Ângela Maria Bernardo, que foi voluntária da ABCC, me indicou a associação e, no primeiro momento, fui até lá para procurar uma peruca. Hoje, faz 2 anos e 4 messes que sou assistida pela ABCC. A associação foi muito importante no meu tratamento. Me acolheu com muito carinho. Todos da ABCC são muito importantes pra mim. Sou muito grata e por ter tido a oportunidade de conhecer esse espaço que acolhe com muito amor.


Nesta batalha, passei por várias quimioterapias. Quando eu pensava em desistir, os médicos falavam: ‘Erika! Quando chegar em casa, olha para o seu filho e ele vai te fortalecer’. Eu chegava em casa passando muito mal. A Ângela me esperava na porta, com o meu filho no colo. Aquela mão tão pequena segurava meu dedão e mostrava os furinhos das bochechas como se dissesse: ‘Mãe! Eu estou aqui! Você não está sozinha! Força!’ E eu seguia forte.


Passei pela cirurgia da retirada da mama, o que não foi fácil também. Hoje, eu venci o câncer de mama e foi com a ajuda de muitas pessoas queridas que lutaram comigo. Eu venci todas as batalhas pelo meu filho e tenho gratidão por tudo que Deus fez por mim e por todas as pessoas que estiveram ao lado, incluindo também todos que fazem parte da ABCC”.

 

A ABCC também esteve presente na vida e na família de Débora Paula dos Santos. Sua irmã recebeu o diagnóstico de câncer de mama e, anos mais tarde, Débora e sua mãe, também.


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"A associação foi e ainda é um pilar muito importante, não só para mim e para a minha família, mas para muitos pacientes", Débora Santos

“O histórico de câncer de mama começou com a minha irmã, aos 36 anos de idade. Ela faleceu aos 42 anos e, um ano depois, eu descobri que também estava com câncer de mama. Eu tinha 42 anos na época e depois de um ano, a minha mãe foi diagnosticada com a mesma doença. Temos um histórico familiar e por isso é muito importante continuarmos com o acompanhamento médico. Graças a Deus, hoje eu e a minha mãe estamos bem. Fomos diagnosticadas precocemente. Infelizmente, quando a minha irmã descobriu que estava com câncer, já estava em uma situação bem avançada. Ela fez o tratamento por seis anos. Foi uma guerreira e veio primeiro para nos ensinar muitas coisas.


Há mais de 15 anos que conheço o trabalho da ABCC. Foi a associação que ajudou minha irmã ser transferida para o Hospital do Câncer de Barretos. Quando eu fui diagnosticada, a ABCC foi fundamental em toda a minha recuperação e o mesmo ocorreu com a minha mãe. A associação foi e ainda é um pilar muito importante, não só para mim e para a minha família, mas para muitos pacientes”.

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